terça-feira, 6 de novembro de 2007

JÔ SOARES NAS PÁGINAS AMARELAS DA VEJA X STEPHEN KANITZ NA COLUNA PONTO DE VISTA DA VEJA SOBRE O TEMA "INTENÇÕES POR TRÁS DAS PALAVRAS"

Foi com surpresa, que "me surpreendi" com a entrevista que Jô Soares deu para a Veja. Não houve cinismo em suas declarações. Se mostrou apenas como um profissional e como um cidadão. Falou do humor no Brasil, - "o país das piadas prontas"-, sempre baseadas em histórias (para mim) tão lamentáveis. Admitiu a sua e a de todos: a vaidade. E, me fez crer que nada parece ter a força de mudar de vez este país, com relação à corrupção institucionalizada nos poderes públicos, nas empresas privadas e nos grupos privados que se beneficiam indevidamente do dinheiro público, como se fosse seu de direito, descaradamente, sem escrúpulos. Para mim, a certeza, de que tampouco adianta fazer humor ridicularizando os envolvidos, porque em nada contribui para fazer acontecer uma mudança efetiva em direção aos valores morais e à ética. É mais uma atitude estéril, como fazer críticas e denúncias em jornais e revistas, em ações da PF nas prisões apenas "temporárias", nas CPIs que defendem e absolvem corporativamente seus membros no legislativo, executivo, judiciário e nas Agências Reguladoras, dos que não respeitam o dinheiro público e se apropriam dele tão facilmente e reconhecidamente como seu. O humor é uma forma de entretenimento. E, como tal, não objetiva mudar nada, mas sim, que tudo permaneça como está. O entretenimento não se engaja, apenas tenta fazer um pouco de "cultura".

Realmente, Stephen Kanitz, me deixou ainda mais confusa. É a segunda vez que escreve sobre o que lemos. Agora ele afirma: "- Se não nos preocuparmos em detectar a agenda oculta de quem nos prega alguma coisa, seremos presas fáceis dos que falam bonito e escrevem melhor ainda-".

Li o Jô nas páginas amarelas tentando prever a "sua agenda oculta", mas para surpresa minha, achei suas considerações bastante desprovidas de "agenda oculta". Embora saiba que somos pessoas, indivíduos, que carregam suas próprias impressões e imperfeições de nossas percepções. Concordo com Stephen Kanitz quando ele diz: "- Muitos escritores, cientistas e formadores de opinião usam e abusam de nossa confiança. -". Concordo que existam muitos que têm má fé e usam de sua condição "privilegiada" de exposição fácil para suscitar o desequilíbrio, e, também, da má fé dos que se favorecem de certas considerações feitas por esses escritores, cientistas e formadores de opinião.

Mas é humanamente impossível ser totalmente imparcial em nossas considerações, porque não seriam nossas. Somos o que pensamos e dizemos ou escrevemos, ou pelo menos deveríamos ser. Para mim, Kanitz com seu insistente alerta acêrca "do que e de quem lemos", me fez tomar mais cuidado em colocar minha opinião e considerações como verdade absoluta sobre qualquer assunto. Não só me fez lembrar das "agendas ocultas" (ou dos interesses ocultos) que fazem parte de considerações e opiniões de muitos que usam de má fé para divulgar uma idéia oculta (ou idéias) nociva no cerne de uma nação, grupo de indivíduos ou além fronteiras; mas, sobretudo, porque me fez tomar mais cuidado no "dizer" algo sobre o que pouco sei. Mas deixar de lado o que sou e o que penso ao escrever ou falar não me é possível. Novamente a ética e a boa fé das pessoas de bem ao escrever ou falar sobre assuntos diversos é que dirá se um texto é digno de crédito ou não. O que não dá é não se engajar em causas maiores que façam diferença e promovam mudanças necessárias ao bem comum. Jô, fazer humor apenas, num "país de piadas prontas", fazer "cultura" apenas por fazer cultura, sem se preocupar com fazer diferença e contribuir realmente para que esse estado de coisas incorretas e injustas acabem, é fazer mal uso da palavra. Não é apenas nos preocupar com o que se diz ou se escreve, mas sim, também nos preocupar em verdadeiramente não nos conformar com esse estado de coisas e efetivamente contribuir para uma mudança.
Não dá para ficar acima de tudo isso. Jô, temos que nos engajar, para não cometer o erro de nada fazer com tudo que nso foi dado para fazer.

2 comentários:

L.S. Alves disse...

Te esqueces que Jô sempre foi do status quo e quer mais é que a coisa continue assim mesmo.

Anônimo disse...

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